O ano era 1989 e a cidade era Brasília, a ainda jovem capital do país. Ana Paula tinha 15 anos e ainda estava no ensino médio quando, através de um professor de inglês, conheceu o AFS. Naquela altura, Ana nunca tinha ouvido falar de intercâmbio cultural, mas ficou entusiasmada com a ideia de passar um ano estudando em outro país.

Depois de ouvir o professor falando sobre o AFS, Ana foi atrás para saber mais e se inscreveu no programa de High School nos Estados Unidos. Nessa época, o comitê do AFS em Brasília oferecia apenas cinco vagas e havia muitos jovens interessados nessa oportunidade, então o processo seletivo para as vagas tinha fases e durava algumas semanas, o que gerava muita ansiedade. Imagina a emoção de receber uma ligação do comitê após ser aprovada em cada fase eliminatória.

Após ser aprovada em todas as fases da seleção, Ana e os outros quatro participantes escolhidos sempre estavam juntos.  O comitê fazia gincanas e viagens para conhecer outros comitês (Goiânia e interior de São Paulo), intercambistas e participantes também iriam para os Estados Unidos. Com essa proximidade e união entre os voluntários, intercambistas estrangeiros e futuros AFSers, a experiência de troca, tolerância e diversidade já havia começado no Brasil.

Com todo o aprendizado prévio, em agosto de 1990, a Ana Paula embarcou para Miami juntos com outros 135 brasileiros. Ao chegar a Miami, todos foram recepcionados pelos voluntários e funcionários do AFS USA e levados para uma universidade em Boca Raton, no litoral do estado da Flórida. Em meio à euforia pelas máquinas de refrigerante, Ana e os outros participantes passaram dois dias na primeira orientação. Logo depois o grupo foi dividido, e Ana, que iria ficar na Nova Inglaterra, foi para Massachusetts com os outros brasileiros.

Na chegada em Massachusetts, os participantes tiveram mais 4 dias na fase de orientação de chegada com o comitê local para absorver a nova cultural e o estilo de vida no novo país, dessa vez com intercambistas do mundo todo. O encontro com a família hospedeira só aconteceu depois das orientações de chegada, mas poderia ser definido com duas palavras: perfect match. A família combinava perfeitamente com a Ana e a identificação foi quase instantânea.

Ana ficou em uma cidade pequena, no estado de Connecticut, mas não foi por isso que ficou sem suporte do AFS. O comitê local sempre promovia piqueniques, jantares, encontros e pequenas viagens com os intercambistas, o que aproximava a relação entre eles e facilitava a adaptação também. Além do comitê local, a conselheira e as professoras de línguas também deram bastante apoio a Ana. A conselheira com os convites para passar as artes livres conversando em casa, e as professoras com uma viagem para Nova Iorque de presente pelos 17 anos.

Como as melhores coisas sempre acabam rápido, um ano inteiro passou num piscar de olhos e chegou a hora da Ana Paula ir embora. Ana e os intercambistas que tinham chegado aos EUA um ano antes voltaram a Miami para os 3 dias de orientação de partida, o que amenizou a dor do “adeus”. Em junho de 1991, Ana volta ao Brasil fazendo a promessa de que, se tivesse filhos, eles teriam a experiência de ser um AFSer.

O contato com os amigos e a família hospedeira se manteve por algum tempo, mas infelizmente acabou se perdendo pela dificuldade de comunicação da época… depois disso, Ana acabou se distanciando do AFS e mudou de Brasília para Aracaju e seguiu com a sua vida.

Mas laços não são desfeitos assim. 23 anos depois, em 2014, Ana resolveu se tornar voluntária do AFS no comitê Aracaju. Em 2017, ela se tornou presidente do comitê e hospedou uma intercambista da Bélgica em sua casa. Um pouco depois, no mesmo ano, cumpriu a promessa que fez quando voltou ao Brasil: iniciou o application do seu filho João, que foi para os Estados Unidos em agosto de 2018.

(Ana Paula no AFS Day do Comitê Aracaju)
(Ana Paula e o filho João Pedro. Dia do embarque dele para os EUA)

“O AFS é uma parte muito importante da minha vida e sou muito feliz por ter experimentado todos os lados da experiência intercultural que ele proporciona. Viajei, recebi, sou voluntária e agora enviei meu filho.
O que me incentiva nessa jornada é o entendimento que a tolerância, a capacidade de adaptação, a fluência em outro idioma, os laços que fazemos com o mundo e todas as experiências maravilhosas que temos são fundamentais para construirmos um mundo mais unido e cheio de paz.”


Esse é o #efeitoAFS!

 

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