Meu intercâmbio para os Estados Unidos, entre agosto de 2012 e junho de 2013, foi um deleitável desafio.  Foi incrível. Foi emocionante. Foi perfeito. Eu cresci – e engordei -, e aprendi a ver o mundo com outros olhos: mais analíticos, mais toleráveis, mais humanos. Mais do que isso, aprendi sobre mim mesmo, meus limites, minhas ambições, meus valores. E também sobre aqueles tantos sonhos que, em parte, se tornavam reais quando desembarquei em solo americano. Meu intercâmbio foi nada mais que uma profunda reflexão sobre minha vida e sobre meu “eu” mais interior.

Eu sempre sonhei em estudar na Terra do Tio Sam, e, por muito tempo, isso pareceu intangível, impossível. Um dia, porém, soube acerca do Global Citizens of Tomorrow, pelo qual toda essa aventura intercultural foi proporcionada. Como muitos dizem, eu vivi uma nova vida em um ano, e tudo isso graças ao AFS e a British Petroleum. Não vou dizer que foi fácil, porque não foi. Penso que qualquer experiência que tire você de sua zona de conforto lhe causará estranhezas e naturalmente proporcionará excitantes desafios. No fim, o que importa é a sua vontade de encarar as novas situações e, sobretudo, aprender com o “novo”. Isso é o que faz um intercâmbio tão especial, seja ele para qualquer país, em qualquer idade.

Já pensou? Uma nova família, uma nova escola, um novo idioma, um novo país, um novo cotidiano. Tudo novo. Foi I-N-C-R-Í-V-E-L! Todos os dias eu vivia um sonho e cada dia vivido era melhor que o anterior. Melhor porque eu me tornava mais maduro, mais consciente, mais cidadão. De fato, um cidadão do mundo. Eu aprendi – e estudei muito; conheci os professores mais inspiradores da minha vida; e os amigos mais hilários. Conheci e formei laços com pessoas de diversos países, religiões e modos de ser. Meu intercâmbio representou a quebra de esteótipos, se existia algum, e visões deturpadas sobre o mundo e suas culturas. E, sabe, somos muito mais semelhantes do que diferentes. E sempre – digo, sempre – existirão pontes que nos levam a um mundo pacífico, independente de nossas diferenças.

Cada intercâmbio é único. Cada qual viverá uma experiência singular. Não há direções específicas ou regras de ouro. O mais importante é aproveitar cada momento e vivê-lo como é: único. O tempo não permite correções e um intercâmbio passa MUITO rápido. Foi a experiência mais incrível da minha vida e, modéstia à parte, já vivi algumas emoções país afora. E o que foi mais difícil? Sem dúvidas, dizer adeus – ainda que temporário.

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